Fotografia de Bruna Maia

Bruna Maia

Líder Global de Pesquisa em UX no Gympass

Ouvir episódio
35

Você pode ouvir este e os outros episódios no seu player preferido. Estamos no:

Anchor · Spotify · YouTube · Apple · Google


No quinto episódio da quarta temporada do Movimento UX, conversamos com a Bruna Maia – Líder Global de Pesquisa em UX no Gympass. Seu papel na empresa é promover a disciplina na empresa e facilitar o contato das pessoas com o comportamento do usuário.

Bruna conta que a estrutura do time de pesquisa é bastante enxuta. Além dela, são apenas mais duas pessoas. Esse time fica dentro de uma estrutura maior de UX, que contém Product Designers e também Content Designers. Considerando o tamanho do time, a atuação precisa ser priorizada junto às demais disciplinas com as quais trabalham, como produto.

"Nós estamos dentro da estrutura de Design e esta estrutura fica dentro de Desenvolvimento de Produtos."

Bruna conta que o time é interdisciplinar, enquanto uma pessoa tem mais conhecimento em métodos mistos a outra, contribui com uma visão de negócio. O time costuma ser dividido por projetos e que em certos casos a pessoa precisa ficar alocada dentro de uma squad por mais de um ciclo.

Normalmente, o time recebe perguntas de pesquisa vindas do time de produto ou participa das conversas de priorização para o trimestre. Depois desse levantamento, define em quais iniciativas o time consegue atuar trazendo respostas para dar suporte às demais disciplinas. Só então desenham o escopo de atuação de cada membro, levando em consideração o contexto (B2B e B2B2C).

Fora isso, Bruna conta que o time também desempenha um papel de consultor e para se organizarem costumam utilizar o Jira para listar as tarefas e controlar o tempo despendido com elas.

"Tem projetos em que somos suporte ou consultores. Para estes projetos, o único critério é o tempo disponível para as tarefas."

Como vantagem dessa organização, Bruna cita a liberdade de atuação e a autonomia que o time tem para propor como as pesquisas vão acontecer – ela também comenta como isso é motivador para a pessoa pesquisadora. Outra vantagem, é a relevância que o time tem dentro da empresa e o respeito que ele conquistou com o tempo.

"Demorou para se conquistar esse espaço. Pesquisa no senso comum pode ser feita por qualquer um e de qualquer jeito. Com um time especialista conseguimos mostrar que as pesquisas feitas de um jeito certo trazem resultados melhores."

Como desvantagem, Bruna conta que em alguns momentos as pessoas pesquisadoras não conseguem ter tanto contexto quanto as pessoas que já fazem parte do time e do dia a dia daquela iniciativa que gerou a demanda por um projeto de pesquisa – com isso, o senso de pertencimento acaba sendo menor. Como uma segunda desvantagem, Bruna comenta sobre a necessidade de dizer não para algumas iniciativas e a importância de se manter um ritmo nas entregas.

"A gente precisa priorizar e isso é um processo duro porque a gente perde oportunidades de impacto e de manter o ritmo – desde o momento em que a gente descobre que existe a oportunidade de uma pesquisa até entregar o resultado no tempo correto para entrar na esteira de um produto."

No Gympass, Bruna conta que já passou por três configurações de time. A primeira era mais em um nível de suporte, onde o time era mais reativo às demandas. Conforme o time foi crescendo essas atribuições ficaram na responsabilidade de product designer e product managers.

Na segunda mudança, as pessoas pesquisadoras ficavam alocadas nas tribos (por exemplo: B2C) e identificavam as perguntas de pesquisa de cada área junto com PMs e outros stakeholders da squad – que também era a responsável pela priorização das demandas.

No terceiro e atual modelo, são definidos os grandes assuntos de pesquisa com base nos objetivos do produto e as pessoas pesquisadoras cuidam da iniciativa do começo ao fim. Em paralelo, elas continuam dando suporte para o restante dos times – atualmente, os designers em dupla com as pessoas de produto são responsáveis em fazer toda a pesquisa de discovery do contexto em que estão.

"Se uma pergunta vai entregar valor para mais de uma squad, mais de uma jornada ou mais de uma área, a pesquisa vai vir para Research. Vai ser uma pergunta mais complexa que vai precisar de uma abordagem de métodos mistos, que vai tomar mais tempo e que precisa de uma especialidade. Se a pergunta já está dentro do escopo de um time, o designer vai ser responsável por ela."

Até a próxima entrevista! Ah, enquanto isso vou adorar manter contato no Twitter :)


Quer ajudar o Movimento UX?

Siga e avalie a gente com 5 estrelas nos aplicativos do Spotify e da Apple. Lembrando que, por enquanto, essa funcionalidade só está disponível no telefone. Você também pode dar uma força divulgando os episódios em suas redes.


Sobre o Movimento UX

A criação do podcast, dos roteiros e a curadoria dos temas e entrevistas são feitas por mim, Izabela de Fátima.

A revisão do tema da temporada e do roteiro é feita pela Renata Moreira.

A trilha sonora original e a execução da trilha é do Richard Garrell, no seu projeto Aeoner.

A edição do áudio é feita pela Renata Valentim.

A identidade visual é do Cristiano Sarmento. O site também é dele em parceria com o Pedro Ivo.

Localização

Lisboa, Portugal

Social

LinkedIn

Medium

Instagram